Confirmada ordem de início para reconstruir duas pontes na RSC-287

Após 16 meses de espera, vai iniciar a construção das pontes destruídas pelas enchentes de 2024 na RSC-287. O governo do Estado confirmou que o governador Eduardo Leite (PSD) virá a Santa Maria nesta segunda-feira, às 9h, para assinar a ordem de início das obras de reconstrução da ponte sobre o Arroio Grande, na RSC-287, a seis quilômetros do trevo do Aeroporto, e também do Arroio Barriga, entre Paraíso do Sul e Novo Cabrais. Além disso, serão entregues as duplicações dos trechos urbanos de Santa Cruz do Sul e Tabaí também na segunda-feira. A Rota seguirá com a obra de duplicação no trecho rural de Tabaí, que só precisaria ocorrer em 2027.

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A ponte do Arroio Grande desabou em 30 de abril de 2024, no início da grande enchente que assolou o Estado. O Exército colocou uma ponte móvel metálica e, um mês depois, liberou o tráfego, mas formaram-se longas filas. Após pressão da comunidade, uma segunda ponte metálica foi instalada em 27 de outubro de 2024, acabando com o Pare e Siga, mas até hoje há problemas de lentidão e risco ao trânsito. Nessa semana, houve um acidente com carros que se bateram e ficaram engavetados.

Em agosto de 2024, a concessionária Rota de Santa Maria havia prometido, em reunião com o Ministério Público, que iniciaria a obra da ponte do Arroio Grande em novembro de 2024. Mas o projeto só foi aprovado pela Secretaria Estadual da Reconstrução em abril de 2025. Para ser mais resistente a futuras enchentes, a nova ponte será dois metros mais alta e passará de 44 metros para 69 metros de comprimento. A Rota disse, então, que só iniciaria a construção se o projeto do acesso de 800 metros à nova ponte fosse aprovado também, o que ocorreu nesta semana e permitiu o anúncio que será feito por Leite na segunda-feira.

A assessoria do Palácio Piratini confirmou ao Diário que está certa a vinda do governador Eduardo Leite a Santa Maria na segunda-feira. O Diário apurou que, depois de assinar o início da obra da ponte sobre o Arroio Grande, às 9h, Leite irá inaugurar a duplicação de 4 km do trecho urbano de Santa Cruz do Sul, às 11h30min. Também na segunda, será liberada a duplicação do trecho urbano de Tabaí. Contratualmente, essas obras deveriam ter sido entregues em agosto de 2024, mas a Rota alegou que atrasou por conta dos estragos provocados pela enchente.

A tendência é que a Rota leve alguns dias para mobilizar máquinas e equipes para realmente iniciar as obras das duas pontes. Não foi divulgado prazo para conclusão ainda. No passado, a Rota estimava levar de 5 a 6 meses para construir a ponte do Arroio Grande. Se for isso mesmo, a obra deve estar pronta entre janeiro e fevereiro de 2026.

Pontes metálicas seguem

Como a nova ponte sobre o Arroio Grande, na RSC-287, será construída ao lado da atual rodovia, onde hoje há lavoura de arroz, as duas pontes metálicas poderão ficar operando normalmente durante a construção da estrutura definitiva, de concreto. As pontes móveis só devem ser retiradas após a conclusão da nova ponte e do acesso, que será com base de pedras, e não de terra, como é no resto da rodovia.

Essa mudança foi proposta para garantir maior resistência a futuras enchentes. Como isso também eleva os custos, gerou impasses burocráticos e provocou demora para o Estado aprovar os projetos. Até porque precisava justificar os gastos a mais e o repasse dessas verbas extras para a Rota, para não ser responsabilizado depois pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Trechos com desvios

O próximo passo será a Rota e o Estado aprovarem os projetos de reconstrução de trechos destruídos pela enchente em Candelária e Mariante. O plano é já duplicar esse trechos e usando pedras na base, para deixar a rodovia mais resistente a enxurradas, além de instalar galerias para permitir a passagem da água. Ainda não há prazo para início dessas obras.

Reajuste do pedágio

Já o reajuste do pedágio, que entraria em vigor neste domingo, quando a concessão da RSC-287 para a Rota completa quatro anos, vai atrasar. Ela deve entrar em vigor na metade de setembro, pois a Agergs está com a análise atrasada.